A forma de se medir desempenho no trabalho, está desatualizada. A Adobe, por exemplo, abandonou as tradicionais avaliações de desempenho utilizadas para avaliar seus 11 mil colaboradores. Calculou que o processo anual exigia 80 mil horas de seus dois mil gestores e o esforço produzia resultados desfavoráveis. As pesquisas demonstravam que a equipe se sentia desmotivada após as avaliações.
Como alternativa, a empresa tem adotado “check-ins”, em que os gestores oferecem treinamento e aconselhamento. Estes momentos são utilizados para comunicar o que se espera da equipe e permite que gestores deem e recebam feedback e apoiem os colaboradores para melhorarem seus desempenhos, orientando-os no desenvolvimento. Esse processo possibilita um retorno mais imediato e relevante, do que as pesquisas realizadas uma vez ao ano.
Outras empresas como Cargill, Intel, Gap, Microsoft, Sears, Gap também estão abandonando a avaliação tradicional de desempenho.
O grande problema das pesquisas tradicionais é que elas se focam em atividades e não em resultados. E como podemos envolver resultados em nossas pesquisas?
As empresas devem pensar em uma outra maneira de fazer essas avaliações, através da lente dos “resultados”, equiparando o desempenho individual com a da organização. Por exemplo, o sucesso de um gerente de marketing deve estar relacionado com o desempenho do seu departamento.
Segundo, é preciso desenvolver medidas de performance com base na relação que cada equipe ou unidade tem com os principais interessados. Desta forma, os resultados aparecem claramente. Por exemplo, no setor de produção os stakeholders são, em geral, o CEO, os fornecedores, os clientes, outros departamentos internos e os colaboradores da produção. Desta forma, os principais interessados formam a base para qualquer análise.
Ao seguir esta abordagem, as avaliações podem realmente medir o desempenho. Isso permite que a equipe se sinta animada com o processo, em que a análise se concentra na performance macro da organização, em vez de minúcias da atividade de trabalho. Assim, a empresa pode ter uma imagem mais clara para onde caminha. Além disso, aumentam as chances de surgirem ligações entre os níveis de organização.