Sabe-se que ilustrações são imprescindíveis no dia a dia de grande parte da população mundial. Placas de trânsito, mapas, plantas de construções, estratégias de conquista e comunicação no geral, a questão é que atualmente as ilustrações estão sendo requisitadas em contextos organizacionais e não apenas nos gráficos da reunião mensal de segunda-feira, mas como ferramentas de aprendizado.
Em virtude de avanços em pesquisas no campo da educação e desenvolvimento, além do aprendido empiricamente no dia a dia, vê-se hoje a importância em ilustrações para o aprendizado. O fluxo de informações que corre pelos canais de comunicação é intenso e contínuo, e para que exista possibilidade de retenção do conteúdo são necessários métodos que facilitem nosso convívio com o volume crescente de dados a serem analisados.
Um exemplo que evidencia perfeitamente a necessidade de evolução dos métodos usados para facilitar a assimilação do conteúdo são os celulares. Quem teve celular no início dos anos 2000 lembra que a tela só tinha texto (ou o famoso “jogo da cobrinha”). Com a melhoria da tecnologia e o surgimento de aplicativos, tornou-se imprescindível o uso de interfaces visuais. Difícil imaginar um smartphone com a infinidade de aplicativos que possui, apenas em menus escritos.
A Facilitação Gráfica é um recurso de aplicação do pensamento visual que orienta e organiza os processos de construção de conhecimento, reuniões e uma extensa gama de situações onde existam trocas de ideias e saberes.
Ainda existe um mal entendido com relação ao uso de recursos visuais, como ilustrações. Entende-se, por grande parte da população que “desenhar é para artistas, designers e arquitetos”. Na realidade, a habilidade de facilitar graficamente um conteúdo pode ser aprendida, por se tratar de técnicas que são praticadas e não um “dom” com o qual uma pessoa nasce.
Dominar a habilidade de desenhar ideias é parecido com dominar a habilidade de se comunicar pela fala ou pela escrita, a diferença é que para a comunicação pela fala, as pessoas são estimuladas desde cedo e continuam praticando conforme vão se desenvolvendo. No caso do desenho, isto vai se perdendo ao longo do tempo, fato que confirma isso, são livros gigantescos com conteúdos densos e sem ilustrações.
Vê-se um crescimento considerável na utilização da Facilitação Gráfica e do Pensamento Visual em ambientes corporativos por ser uma alternativa que desperta interesse e engajamento, contribuindo para uma fixação mais eficiente de conteúdo. Parece agora que a expressão “Entendeu ou quer que desenhe?” faz mais sentido, não?
Lucas Alves, diretor de Ideias, rabisca desde criança, mas por alguns anos não achou que poderia viver disso. Sempre gostou de Design, mas fez Psicologia. Já foi orientador profissional, criou jogos, e-learning, animações, revistinhas pra criança e bateu muita cabeça até descobrir que dava pra juntar tudo e trabalhar do seu próprio jeito, com seu próprio traço. Hoje é facilitador de conhecimento, desenhando as ideias das pessoas e dando cursos de pensamento visual