Conflito: bom ou ruim?

Os conflitos existem desde o início dos tempos e são uma realidade sempre presente nas relações humanas e de trabalho. Eles se originam da diversidade de pontos de vista entre pessoas, da pluralidade de interesses, necessidades e expectativas, da diferença entre as formas de agir e de pensar de cada um dos envolvidos.
Podemos definir a gestão de conflitos como a capacidade de prever tensões, identificar as fontes, impedir o crescimento dos desacordos e encontrar soluções satisfatórias para todas as partes envolvidas, visando a uma gestão eficaz. Saiba mais!

O tratamento inadequado de um conflito, de qualquer natureza, pode gerar violência, insatisfação, insubordinação e outras anomalias organizacionais. Se olharmos um pouco para trás, iremos perceber que, até há bem pouco tempo, a ausência de conflitos era considerada por muitos como sinônimo de bom ambiente de trabalho, boas relações e sinal de competência.
Muitos profissionais consideravam o conflito como prejudicial ao bom relacionamento entre as pessoas e ao bom funcionamento das organizações. Os conflitos eram vistos de forma negativa, como resultados da ação e do comportamento nocivo de alguns, e estavam associados a agressividade, má índole e sentimentos negativos.

 

 

No entanto, o valor construtivo ou nocivo dos conflitos será determinado pelo tratamento recebido e pela atitude diante das situações. Desenvolver competências individuais e de equipe é a alternativa construtiva de gestão dos conflitos interpessoais.
As tensões que ocorrem podem adquirir valor educativo se forem consideradas como ponto de partida para reflexões sobre a prática. Assim, a possibilidade de analisar a situação, depois de ela ter ocorrido, favorece a compreensão do processo.

 

Os conflitos geram repercussão positiva quando:

Servem de termômetro e indicam que algo não está bem e precisa ser “tratado”;
 Atuam como molas propulsoras do crescimento individual e organizacional;
 Funcionam como catalisadores para atingir metas;
 São bons elementos de socialização, oferecendo aos participantes de uma equipe a sensação de envolvimento com alguma causa;
 Proporcionam a união de equipes em busca de soluções e motivam pessoas a resolverem problemas em conjunto;
 Levam à descoberta de novidades que resultem em benefícios para a empresa.

 

 Os conflitos geram repercussão negativa quando:

 Causam tensão excessiva nos envolvidos, provocando danos físicos e mentais;
■ Criam ambientes improdutivos, gerados por desmotivação e incertezas;
■ Desviam a atenção dos reais objetivos;
■ Prolongam-se por tempo demais sem solução, causando desgaste nas partes envolvidas, mobilização de recursos e perda de produtividade;
■ Distorcem comportamentos individuais;
■ Criam situações que resultam em desperdício de tempo e esforços.

 

Para Wagner & Hollenbeck (2002), os conflitos podem ser benéficos quando:

  1. São resolvidos de forma a permitir discussão, ajudando a estabilizar e integrar as relações interpessoais;
  2. Permitem a expressão de reivindicações, ajudando a reajustar recursos valorizados;
  3. Ajudam a manter o nível de motivação necessário para a busca de inovações e mudanças;
  4. Ajudam a identificar a estrutura de poder e as interdependências da organização;
  5. Auxiliam na delimitação das fronteiras entre indivíduos e grupos, fornecendo senso de identidade.

 


Referência: Artigo: Gerenciando Conflitos de Laila Aninger

Baixe o conteúdo completo deste artigo de Laila Aninger

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